6ª Feira depois das cinzas – Missa na Canção Nova - Abertura do evento “Doe de Coração”
Prezado Dom Orani João Tempesta, Cardeal-Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro,
Caros Telespectadores,
Iniciamos na 4ª feira passada, com a bênção e imposição das Cinzas, o tempo da quaresma, cujo sentido principal é a preparação para a celebração da Páscoa de Cristo, o mistério de sua morte e ressurreição e também a celebração da nossa páscoa.
Na quaresma, a Igreja, seguindo o evangelho, nos apresenta três meios, três caminhos que nos podem ajudar no processo de revisão de vida e de conversão durante este período: a esmola, a oração e o jejum. Estas três práticas religiosas perdem seu valor e o seu significado se não forem vivificadas pela caridade e não forem acompanhadas por obras de justiça.
O jejum agradável a Deus consiste em livrar-se do egoísmo e em levar consolo e ajuda ao próximo: “o jejum que eu prefiro, como diz o profeta Isaías na primeira leitura, é quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo .... é repartir o pão com o faminto, acolher os pobres e peregrinos.”
A Igreja ao reduzir o preceito do jejum, restrito hoje, em dia, à 4ª feira de Cinzas e à 6ª feira da paixão, nos pede que nos empenhemos mais em favor dos pobres, dos necessitados.
Durante a quaresma, a prática da caridade está em relação estreita com a prática do jejum, da esmola e da oração. A oração alimentada com a palavra de Deus, o jejum que nos ajuda a dominar nossos desejos e a viver de maneira mais simples, mais sóbria, evitando todo supérfluo e a esmola que consiste em partilha de bens, essas três práticas religiosas nos ajudam a descobrir as necessidades de nossos irmãos e irmãs para irmos ao seu encontro. Essas três práticas devem ser sinais de conversão, de mudança na nossa relação com Deus e nas nossas relações interpessoais.
No evangelho de hoje, Mateus coloca o jejum do cristão em relação com a paixão de Cristo. Durante sua vida terrena, Jesus não impunha nenhuma prática de mortificação exterior aos seus discípulos.
Enquanto o esposo, que é Jesus, está com eles, os discípulos não precisam jejuar, pois em certo sentido, é tempo de festa. Depois da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, a Igreja enquanto aguarda a sua segunda vinda, o jejum torna-se expressão de tristeza pela separação do esposo e pela privação de sua presença física. O jejum, adquiriu, então, o seu significado de participação no sofrimento do irmão (a) no qual perdura o sofrimento, a paixão de Cristo.
Quando Jesus Cristo voltar no fim dos tempos, então haverá alegria plena e não mais necessidade de jejuar. Agora, o jejum tem o sentido de preparação para a vinda do Cristo ressuscitado, que aguardamos na esperança.
Durante a quaresma, há 50 anos, a Igreja no Brasil, lança a CF que neste ano, tem como tema: Fraternidade e Tráfico Humano e o lema: “é para a liberdade que Cristo nos libertou”. É uma proposta concreta de viver nesse período, o espírito de conversão.
O problema do tráfico humano é muito antigo, mas apenas recentemente, a comunidade internacional começou a agir de forma sistemática para combater essa chaga social, que fere violentamente a liberdade e a dignidade humana, e se para o traficante traz lucro, para as vítimas só traz sofrimento, dor e morte. O tráfico humano sequestra ou alicia pessoas para usá-las em vista de quatro fontes de lucro: a exploração sexual, a exploração do trabalho escravo, a venda de órgãos para transplantes, obtida por sequestros ou até por assassinatos e, finalmente, a adoção ilegal de crianças, geralmente, roubadas de seus pais e levadas para outros países.
A nossa conversão pessoal deve despertar em nós a consciência deste problema para ajudar na sua prevenção e no resgate de suas vítimas. A nossa conversão social deve levar em consideração os problemas de nosso meio, como o desemprego, a miséria, explorados pelos traficantes. A nossa conversão eclesial deve nos levar a apoiar e a participar das iniciativas da sociedade e da Igreja no Brasil, na denúncia e no combate a essa moderna forma de escravidão.
Sejamos, nesta quaresma, com o auxílio da graça de Deus, mais disponíveis ao amor, à solidariedade para nossos irmãos mais necessitados e as vítimas da violência. A esperança cristã nos faz crer que nenhum mal tem a palavra final. A páscoa de Cristo para a qual nos leva a quaresma, nos livre da “indiferença globalizada” e seja força na luta contra o mal do tráfico humano.
A presença do Cardeal Dom Orani, Arcebispo do Rio de Janeiro, nos recorda a Jornada Mundial da Juventude realizada com a participação de milhões de pessoas, sobretudo, de jovens, e a grata presença do Papa Francisco, que “roubou” o coração dos brasileiros. Os custos de um encontro deste tamanho não são pequenos. Vamos colaborar com o “doe de coração” para que a Arquidiocese do Rio de Janeiro possa fechar a conta desse grandioso e inesquecível evento que tanto bem fez a nós brasileiros. Deus retribua a generosidade de todos.
Caros Telespectadores,
Iniciamos na 4ª feira passada, com a bênção e imposição das Cinzas, o tempo da quaresma, cujo sentido principal é a preparação para a celebração da Páscoa de Cristo, o mistério de sua morte e ressurreição e também a celebração da nossa páscoa.
Na quaresma, a Igreja, seguindo o evangelho, nos apresenta três meios, três caminhos que nos podem ajudar no processo de revisão de vida e de conversão durante este período: a esmola, a oração e o jejum. Estas três práticas religiosas perdem seu valor e o seu significado se não forem vivificadas pela caridade e não forem acompanhadas por obras de justiça.
O jejum agradável a Deus consiste em livrar-se do egoísmo e em levar consolo e ajuda ao próximo: “o jejum que eu prefiro, como diz o profeta Isaías na primeira leitura, é quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo .... é repartir o pão com o faminto, acolher os pobres e peregrinos.”
A Igreja ao reduzir o preceito do jejum, restrito hoje, em dia, à 4ª feira de Cinzas e à 6ª feira da paixão, nos pede que nos empenhemos mais em favor dos pobres, dos necessitados.
Durante a quaresma, a prática da caridade está em relação estreita com a prática do jejum, da esmola e da oração. A oração alimentada com a palavra de Deus, o jejum que nos ajuda a dominar nossos desejos e a viver de maneira mais simples, mais sóbria, evitando todo supérfluo e a esmola que consiste em partilha de bens, essas três práticas religiosas nos ajudam a descobrir as necessidades de nossos irmãos e irmãs para irmos ao seu encontro. Essas três práticas devem ser sinais de conversão, de mudança na nossa relação com Deus e nas nossas relações interpessoais.
No evangelho de hoje, Mateus coloca o jejum do cristão em relação com a paixão de Cristo. Durante sua vida terrena, Jesus não impunha nenhuma prática de mortificação exterior aos seus discípulos.
Enquanto o esposo, que é Jesus, está com eles, os discípulos não precisam jejuar, pois em certo sentido, é tempo de festa. Depois da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, a Igreja enquanto aguarda a sua segunda vinda, o jejum torna-se expressão de tristeza pela separação do esposo e pela privação de sua presença física. O jejum, adquiriu, então, o seu significado de participação no sofrimento do irmão (a) no qual perdura o sofrimento, a paixão de Cristo.
Quando Jesus Cristo voltar no fim dos tempos, então haverá alegria plena e não mais necessidade de jejuar. Agora, o jejum tem o sentido de preparação para a vinda do Cristo ressuscitado, que aguardamos na esperança.
Durante a quaresma, há 50 anos, a Igreja no Brasil, lança a CF que neste ano, tem como tema: Fraternidade e Tráfico Humano e o lema: “é para a liberdade que Cristo nos libertou”. É uma proposta concreta de viver nesse período, o espírito de conversão.
O problema do tráfico humano é muito antigo, mas apenas recentemente, a comunidade internacional começou a agir de forma sistemática para combater essa chaga social, que fere violentamente a liberdade e a dignidade humana, e se para o traficante traz lucro, para as vítimas só traz sofrimento, dor e morte. O tráfico humano sequestra ou alicia pessoas para usá-las em vista de quatro fontes de lucro: a exploração sexual, a exploração do trabalho escravo, a venda de órgãos para transplantes, obtida por sequestros ou até por assassinatos e, finalmente, a adoção ilegal de crianças, geralmente, roubadas de seus pais e levadas para outros países.
A nossa conversão pessoal deve despertar em nós a consciência deste problema para ajudar na sua prevenção e no resgate de suas vítimas. A nossa conversão social deve levar em consideração os problemas de nosso meio, como o desemprego, a miséria, explorados pelos traficantes. A nossa conversão eclesial deve nos levar a apoiar e a participar das iniciativas da sociedade e da Igreja no Brasil, na denúncia e no combate a essa moderna forma de escravidão.
Sejamos, nesta quaresma, com o auxílio da graça de Deus, mais disponíveis ao amor, à solidariedade para nossos irmãos mais necessitados e as vítimas da violência. A esperança cristã nos faz crer que nenhum mal tem a palavra final. A páscoa de Cristo para a qual nos leva a quaresma, nos livre da “indiferença globalizada” e seja força na luta contra o mal do tráfico humano.
A presença do Cardeal Dom Orani, Arcebispo do Rio de Janeiro, nos recorda a Jornada Mundial da Juventude realizada com a participação de milhões de pessoas, sobretudo, de jovens, e a grata presença do Papa Francisco, que “roubou” o coração dos brasileiros. Os custos de um encontro deste tamanho não são pequenos. Vamos colaborar com o “doe de coração” para que a Arquidiocese do Rio de Janeiro possa fechar a conta desse grandioso e inesquecível evento que tanto bem fez a nós brasileiros. Deus retribua a generosidade de todos.
Dom Raymundo Card. Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
Arcebispo de Aparecida, SP