Solenidade de Maria, Mãe de Deus e Jornada Mundial da Paz 2014
No primeiro dia do novo ano, somos convidados a contemplar Maria, Mãe de Deus. A Igreja celebra, desde 50 anos, neste dia, a Jornada Mundial da Paz.
No dia de hoje, o primeiro do ano, a liturgia quer realçar a maternidade divina de Maria, que é uma consequência lógica da divindade de Jesus de Nazaré, de quem Ela é mãe. Ela é a mãe do Filho de Deus, a “Theotokos” como a chamam os orientais.
Maria é aquela que recebeu o dom de ser a mãe do Salvador e guardava esse fato extraordinário e meditava sobre ele em seu coração. É Ela que entregou seu filho Jesus ao mundo na pessoa dos pastores que foram às pressas a Belém, após o anúncio do anjo.
Maria ocupa um lugar eminente no plano da salvação. Deus quis contar com Ela e também conosco para levar a cabo sua obra. A exemplo de Maria que respondeu afirmativamente ao chamado de Deus, nós também devemos, após ter acolhido Jesus em nosso coração pela fé, dá-Lo a conhecer aos que não O conhecem, para que possam conhecê-Lo e tornar-se seus discípulos missionários.
Depois de oito dias, diz o evangelho de Lucas, Jesus foi circuncidado, rito religioso por meio do qual Jesus recebeu na sua carne a marca do seu povo. Nesta ocasião, ele recebeu, também oficialmente, seu nome Jesus, que significa “O Senhor Salva”, conforme a indicação que Maria recebera do anjo. Jesus não é apenas mais um novo membro do povo de Israel, mas o Salvador de toda a humanidade.
Hoje é também o dia da Jornada Mundial da Paz, instituída pelo Papa Paulo VI. Deus ao vir a este mundo instaura um tempo em que a paz se torna possível porque Jesus Cristo, nos fez filhos e filhas por adoção de seu Pai e ao se unir a nós no mistério de sua encarnação, nos fez todos irmãos uns dos outros, chamados, portanto, a viver a fraternidade cimentada na justiça, na solidariedade e no amor.
Se somos filhos de Deus, somos filhos da Paz. Se somos irmãos em Jesus Cristo, somos irmãos da paz.
A mensagem do Papa Francisco para este Dia Mundial da Paz tem como tema: “Não mais escravos, mas irmãos”.
O tema da mensagem do Papa Francisco inspira-se na Carta de São Paulo a Filemon. O Papa Francisco lembra na sua mensagem que, embora a escravatura tenha sido abolida formalmente no mundo, contudo, ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades, são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes as da escravatura.
O Papa Francisco lembra o trabalho escravo nos mais diversos setores; a condição de vida de muitos migrantes que, ao longo do seu trajeto dramático, passam fome, são privados da liberdade, abusados física e sexualmente. Quantos deles vivem e trabalham em condições indignas. Quantos menores e adultos são objetos de tráfico e comercialização para remoção de órgãos. E o Papa continua: “penso em todos aqueles que são sequestrados e mantidos em cativeiro por grupos terroristas.” Na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana vista e tratada como objeto e não como meu semelhante, igual em dignidade, criado à imagem e semelhança de Deus.
A CNBB, consciente de que a violência é um grave problema social no Brasil, decidiu dedicar o período que teve início no primeiro domingo do advento deste ano ao Natal de 2015, à Paz, com o lema: “Somos da Paz”. A CNBB quer mobilizar os brasileiros ao redor do valor da paz, que é direito e dever de todos. É preciso resgatar nossa cultura de um povo acolhedor, hospitaleiro, cordial, pacífico. O Papa Francisco conclui sua mensagem conclamando a todos a superar a globalização da indiferença pela construção da globalização da solidariedade e da fraternidade.
Necessitamos todos deste bem maior que é a paz, em nossas famílias e na sociedade. Necessitamos mais de Deus para construir e irradiar a paz. Este Deus que nos fez a sua imagem e semelhança e que Jesus nos revelou como Pai de todos nós.
No dia de hoje, o primeiro do ano, a liturgia quer realçar a maternidade divina de Maria, que é uma consequência lógica da divindade de Jesus de Nazaré, de quem Ela é mãe. Ela é a mãe do Filho de Deus, a “Theotokos” como a chamam os orientais.
Maria é aquela que recebeu o dom de ser a mãe do Salvador e guardava esse fato extraordinário e meditava sobre ele em seu coração. É Ela que entregou seu filho Jesus ao mundo na pessoa dos pastores que foram às pressas a Belém, após o anúncio do anjo.
Maria ocupa um lugar eminente no plano da salvação. Deus quis contar com Ela e também conosco para levar a cabo sua obra. A exemplo de Maria que respondeu afirmativamente ao chamado de Deus, nós também devemos, após ter acolhido Jesus em nosso coração pela fé, dá-Lo a conhecer aos que não O conhecem, para que possam conhecê-Lo e tornar-se seus discípulos missionários.
Depois de oito dias, diz o evangelho de Lucas, Jesus foi circuncidado, rito religioso por meio do qual Jesus recebeu na sua carne a marca do seu povo. Nesta ocasião, ele recebeu, também oficialmente, seu nome Jesus, que significa “O Senhor Salva”, conforme a indicação que Maria recebera do anjo. Jesus não é apenas mais um novo membro do povo de Israel, mas o Salvador de toda a humanidade.
Hoje é também o dia da Jornada Mundial da Paz, instituída pelo Papa Paulo VI. Deus ao vir a este mundo instaura um tempo em que a paz se torna possível porque Jesus Cristo, nos fez filhos e filhas por adoção de seu Pai e ao se unir a nós no mistério de sua encarnação, nos fez todos irmãos uns dos outros, chamados, portanto, a viver a fraternidade cimentada na justiça, na solidariedade e no amor.
Se somos filhos de Deus, somos filhos da Paz. Se somos irmãos em Jesus Cristo, somos irmãos da paz.
A mensagem do Papa Francisco para este Dia Mundial da Paz tem como tema: “Não mais escravos, mas irmãos”.
O tema da mensagem do Papa Francisco inspira-se na Carta de São Paulo a Filemon. O Papa Francisco lembra na sua mensagem que, embora a escravatura tenha sido abolida formalmente no mundo, contudo, ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades, são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes as da escravatura.
O Papa Francisco lembra o trabalho escravo nos mais diversos setores; a condição de vida de muitos migrantes que, ao longo do seu trajeto dramático, passam fome, são privados da liberdade, abusados física e sexualmente. Quantos deles vivem e trabalham em condições indignas. Quantos menores e adultos são objetos de tráfico e comercialização para remoção de órgãos. E o Papa continua: “penso em todos aqueles que são sequestrados e mantidos em cativeiro por grupos terroristas.” Na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana vista e tratada como objeto e não como meu semelhante, igual em dignidade, criado à imagem e semelhança de Deus.
A CNBB, consciente de que a violência é um grave problema social no Brasil, decidiu dedicar o período que teve início no primeiro domingo do advento deste ano ao Natal de 2015, à Paz, com o lema: “Somos da Paz”. A CNBB quer mobilizar os brasileiros ao redor do valor da paz, que é direito e dever de todos. É preciso resgatar nossa cultura de um povo acolhedor, hospitaleiro, cordial, pacífico. O Papa Francisco conclui sua mensagem conclamando a todos a superar a globalização da indiferença pela construção da globalização da solidariedade e da fraternidade.
Necessitamos todos deste bem maior que é a paz, em nossas famílias e na sociedade. Necessitamos mais de Deus para construir e irradiar a paz. Este Deus que nos fez a sua imagem e semelhança e que Jesus nos revelou como Pai de todos nós.
Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo Metropolitano de Aparecida
Arcebispo Metropolitano de Aparecida